Um início maravilhoso do Gre-Nal com os dois times indo para cima com muita intensidade e agressividade.
Depois de uma bola na trave do Inter numa bela jogada, Luiz Adriano escorou para o Johnny bater no travessão. Mas aí veio a pintura da genialidade de um dos melhores centroavantes da história do futebol mundial, chamado Luis Suárez, que dominou a bola, fingiu que iria dar de calcanhar para a ultrapassagem, todo mundo caiu nessa, e ele, de fora da área, bateu girando com a bola, entrando na gaveta do goleiro Keiller.
GOLAÇO!
Mas o Inter não se abateu e continuou jogando bem e buscando o empate. O jogo estava totalmente aberto. O Mano escalou muito bem a equipe com dois jogadores técnicos e com muita criatividade.
Maurício e Allan Patrick foram jogadores de muita movimentação, inteligentes e com ótimo passe, sendo os responsáveis não só pela criação das jogadas, mas também por encostarem nos atacantes, pois batiam muito bem na bola.
O Renato escalou uma equipe muito forte na marcação com três zagueiros, quatro no meio e três atacantes. Agressivos pelo lado e trabalhando para o Suárez ter chances de finalização.
Depois do gol, achei que o Inter cresceu bastante, colocando velocidade na jogada e dificultando o esquema do Grêmio. Mas numa jogada de força do meio-campo Villasanti, que ganhou duas divididas, ele chegou meio desequilibrado dentro da área, bateu bem, forte, cruzado, fazendo 2 x 0 Grêmio.
Que primeiro tempo espetacular desse Gre-Nal, cada um com a sua característica, mas com os dois times jogando muito bem.
A efetividade do Grêmio esteve altíssima, porque o Tricolor atacou menos, mas sempre com muito perigo, além de fazer uma marcação muito forte na frente da sua área, não deixando o Inter criar nada, só conseguindo bater às vezes, mas sem acertar o gol.
Quero destacar que, além de fazer um golaço, o Suárez se entregou e lutou o tempo todo, não deixando os zagueiros do Inter tranquilos em nenhum momento.
Gostaria de destacar, além de Suárez, a garra e a seriedade do zagueiro Kannemann, apesar de ter tomado o seu sexto cartão amarelo em sete partidas.
Pelo Inter, estava gostando da movimentação do Maurício, mas saiu com um problema no ombro, junto com Allan Patrick na criação. Luiz Adriano protegeu bem a bola, e Pedro Henrique mostrou agressividade.
O segundo tempo começou menos intenso, mas os times continuaram agressivos. Afinal de contas, o Inter precisava fazer algo diferente para tentar chegar ao empate ou até virar o jogo, ao mesmo tempo em que ficava atento aos contra-ataques gremistas.
O time do Renato voltou marcando pressão, dificultando o toque de bola do Colorado, mas ficou com um a menos logo aos 8 minutos, pois o zagueiro Kannemann foi expulso por tomar o segundo amarelo.
O Grêmio se posicionou com duas linhas de 4 e só com Suarez à frente, tentando suportar o ímpeto do Inter com um jogador a mais.
A pressão colorada estava forte, empurrando o Grêmio para trás, porém, quando o tricolor conseguia armar o contra-ataque, continuava chegando com perigo.
E em um desses momentos, Suárez mostrou que não era só goleador, mas também muito inteligente, ao dar um passe preciso para Bitello fazer um lindo gol. Foi um contra-ataque digno de um manual de futebol.
Ainda faltando 15 minutos para o fim do jogo e com toda a pressão do Internacional, acho improvável que eles conseguissem inverter o resultado de 3 x 0. Até porque os contra-ataques gremistas continuavam levando muito perigo ao goleiro Keiller.
Uma derrota pesada para o Internacional, que já estava em crise, com incompatibilidade com a sua torcida e que não fazia gols há um tempão, e, mesmo com um jogador a mais, só conseguiu marcar com Johnny aos 43 minutos do segundo tempo.
Mas o Grêmio mereceu a vitória, pois foi muito mais eficiente quando atacava e agressivo na marcação. Na realidade, foi um ótimo jogo, só que muito pesado para o Inter, e agora acredito que o ambiente ficará insustentável para o treinador Mano Menezes.
Fonte: uol.com.br
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)