
A certeza de Vojvoda, que o Santos não cairá, está depositada em um jogador, que não enfrentou o Internacional, ontem à noite.
Ele foi poupado.
As dores no joelho esquerdo foram menores do que a direção do Santos queria que a imprensa acreditasse.
Ele não pisou no gramado do Beira-Rio por pura precaução.
Mesmo se estivesse não iria impedir o massacre que o Internacional impôs ao Santos. Principalmente no primeiro tempo. Talvez se assustasse ao ver de perto Borré perder três gols fáceis, cara a cara com Brazão.
E lamentasse o domínio do clube gaúcho que chegou a chutar 14 bolas ao gol santista, sem que o time onde Pelé nasceu, não havia arrematado nenhum.
No final, o Internacional deu 23 arremates. Só marcou com Alan Patrick. O Santos, só quatro vezes. Mas Barreal foi letal e fez um gol belíssimo.
Empate injusto para o Internacional, que tropeçou na própria incompetência de seus atacantes. Desta vez, Ramón Díaz não tem culpa alguma.
Mas Vojvoda não queria nem saber, a não ser celebrar o empate na partida que considerava mais difícil nesta reta final do Brasileiro. E conseguiu um empate muito improvável.
“O primeiro tempo foi ruim. O responsável sou eu. Sou o máximo responsável porque tomo as decisões. Sobre as sete mudanças, esperava a pergunta. Três ou quatro mudanças da partida passada foram obrigatórias.
“Quanto ao zagueiro, Neymar, desgaste físico também. É a realidade. Não respondemos ao que planejamos no primeiro tempo.
“Primeiro tempo ruim. No intervalo estávamos chateados, arrumamos o time. Isso é futebol. Nestes momentos o mental joga muito”, disse Vojvoda.

Sim, o técnico fez sete mudanças na equipe que empatou com o Mirassol na semana passada.
Vojvoda fez três substituições no intervalo. Tirou os improdutivos Victor Hugo, Zé Rafael e Robinho Júnior, que sentiu a pressão da partida.
Entraram Barreal, João Schmidt e Guilherme.
O Santos subiu suas linhas, pressionou o Internacional, que não estava preparado para ser atacado. E tomou o gol de Barreal.
“Existem jogadores que podem dar mais e vão dar mais. Jogadores que entravam no segundo tempo porque estavam num bom nível e todos pediam, e sentiram o jogo no primeiro tempo porque estava todo desencaixado.
“Assumo a responsabilidade. Mas o segundo tempo conseguimos um ponto, valorizamos ele. Mas tem que ter aprendizado desse primeiro tempo. Sou o primeiro a levantar a mão para aprender com o primeiro tempo.”
O Santos continua na zona de rebaixamento.
Mas tem uma tabela bem favorável.
Enfrenta o Sport, na Vila Belmiro, o Juventude, em Caxias do Sul; e o Cruzeiro, na Vila Belmiro.
A princípio, duas vitórias e um empate bastam para fugir do rebaixamento.
E nestas três partidas, Neymar estará de volta.
Ele não atuou hoje, em Porto Alegre, para se poupar, exatamente para enfrentar Sport, Juventude e Cruzeiro.
Todos acreditam que Neymar será o principal personagem para ‘salvar’ o Santos. A começar por Vojvoda.
“É um jogador que precisamos nas últimas três rodadas. Ele vai nos ajudar e está com esse compromisso dessa classe de jogador, nosso líder dentro do campo. Ele vai estar. Eu falei com ele, eu e ele sentíamos que ele não ia conseguir corresponder a exigência da partida de hoje.”
Vojvoda respirava mais tranqulo.
Para o argentino, a partida mais difícil desta reta final teve o saldo positivo. 1 a 1 com o Internacional. Sem Neymar.
Nos três jogos finais do Brasileiro, o camisa 10 estará em campo.
Ele segue sendo a maior esperança para Santos não cair...
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Fonte: esportes.r7.com
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)