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Pressão de Bolsonaro sobre caso Adélio será primeiro problema para novo diretor da PF

Publicado em 28/04/2020 Editoria: Política sem comentários Comente! Imprimir


Caso Adelio pose ser solucionado

Caso Adelio pose ser solucionado

 

Presidente diz que Moro não se esforçou para descobrir mandante, mas polícia nunca achou indício em investigação extensa

Missão impossível Os próximos ministro da Justiça e diretor-geral da Polícia Federal terão um grande obstáculo se forem atender a pedido de Jair Bolsonaro. Na sexta (24), ele insinuou ter faltado empenho de Sergio Moro e Maurício Valeixo na resolução do caso da facada de Adélio Bispo. O presidente cobra que a PF descubra um mandante. Mas entre policiais há consenso de que a investigação foi intensa, com o maior número de diligências feitas nos últimos tempos, e nada nesse sentido foi encontrado.

Devassa A investigação, comandada pelo delegado da PF Rodrigo Morais, foi apelidada internamente de "mini Lava Jato", por seu detalhismo e extensão. A vida de Adélio foi virada do avesso: perfis na internet, movimentações financeiras, e nada indicou a existência de mandante.

Suor "Nunca faltou dedicação. O inquérito tem mais de mil páginas, e é tocado por um dos melhores do Brasil", diz Rodrigo Teixeira, superintendente da PF em Minas Gerais até o começo de 2019, e diretor da Associação Nacional dos Delegados de PF de MG.

Expectativa A única esperança de evolução no inquérito não está nas mãos da PF. O STF ainda precisa decidir se autoriza análises no celular do ex-advogado de Adélio, Zanone Júnior.

Nada Após afirmações de bolsonaristas de que o advogado estava sendo pago por supostos mandantes, Zanone teve o celular apreendido. Nas análises iniciais que foram feitas no aparelho até que a Justiça determinasse a interrupção, nada também foi encontrado.

Abacaxi Diante de investigação, vista como exemplar, caso o novo diretor troque o delegado responsável pelo caso, a decisão será considerada um escândalo pelos policiais.

Ele sim Dois protagonistas do Novo não conseguem afinar o discurso. Em entrevista à Folha, Romeu Zema, governador de MG, defendeu Bolsonaro e disse que parte da classe política critica o presidente por ter perdido os privilégios.

Ele não No mesmo dia, João Amoêdo, fundador do Novo, escreveu nas redes sociais que "cada vez mais o bolsonarismo lembra o petismo". Na sexta (24), disse que Bolsonaro só tem duas saídas: renúncia ou impeachment.


TIROTEIO
Se o Moro fosse o ministro da Saúde e o Teich fosse o ministro da Justiça, ninguém iria nem perceber a diferença
De Fernando Guimarães, coordenador do Direitos Já! Fórum pela Democracia, sobre a escolha de integrantes pelo governo Bolsonaro


Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)


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