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Marta volta a PT após 9 anos em festa com mil convidados e discurso de Lula

Publicado em 02/02/2024 Editoria: Política sem comentários Comente! Imprimir


Marta volta a PT após 9 anos em festa com mil convidados e discurso de Lula

Lula e Marta Suplicy durante encontro no Palácio do Planalto
Lula e Marta Suplicy durante encontro no Palácio do Planalto Imagem: Reprodução / Redes Sociais Rui Falcão 

Quase nove anos depois de deixar o PT, a ex-prefeita Marta Suplicy se filia hoje ao partido após aceitar ser pré-candidata à vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo.

Como será o evento de filiação

Lula, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) estão entre os que vão discursar. É a primeira vez que Marta e Boulos aparecem juntos em uma agenda pública após o anúncio da chapa — eles haviam se encontrado apenas em almoços na casa de ambos.

O presidente será o responsável por assinar a ficha de filiação de Marta, segundo o UOL apurou. O ato simbólico reforça o papel de Lula como um padrinho político e financiador da volta da ex-prefeita ao PT. Em sua primeira passagem pelo partido, iniciada em 1982, ela ficou 33 anos.

São esperadas mais de mil pessoas — entre filiados do PT e do PSOL. O evento, marcado para as 18h na Casa de Portugal, na região central de São Paulo, é bancado pelo diretório municipal do partido, segundo a assessoria. Em âmbito estadual, o PT enfrenta uma dívida milionária e aderiu ao programa de recuperação fiscal, conforme revelado nesta semana pelo site Metrópoles. 

A ideia do partido é fazer uma celebração para o retorno de Marta — ela deixou a legenda em abril 2015 durante as investigações da Operação Lava Jato e com críticas ao PT. Conforme reportagem do UOL mostrou, o nome da ex-prefeita, que administrou a cidade entre 2001 e 2004, traz mais benefícios à campanha de Boulos do que qualquer petista em São Paulo.

O apoio do PT à candidatura de Boulos foi fechado ainda nas eleições de 2022. Boulos desistiria da disputa pelo governo paulista, apoiando Haddad, e em troca o PT não lançaria candidatura própria agora, mas escolheria o vice da chapa. É a primeira vez que o partido não terá um candidato a prefeito em São Paulo desde 1985.

O retorno da ex-prefeita foi questionado dentro do partido — já que, além das críticas que fez à legenda, ela defendeu o impeachment de Dilma Rousseff. O apoio de Lula, entretanto, sufocou as resistências internas. Nas últimas semanas, Marta tem se reunido com petistas — na segunda-feira, recebeu vereadores e deputados em um jantar em sua casa.

Após filiação, chapa terá agenda pela cidade

A expectativa da pré-campanha é que após a filiação as agendas dela e de Boulos se intensifiquem. Um dos primeiros eventos previstos deve ocorrer em Parelheiros, no extremo sul da cidade, com moradores do bairro.

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O distrito é conhecido como Martalândia, onde a ex-prefeita sempre angariou a maioria dos votos. Na região, o governo de Marta foi responsável pela construção de um CEU (Centro Educacional Unificado), um hospital e também de um terminal de ônibus.

A zona sul como um todo será estratégica nesta eleição — Nunes tem reduto político na região, que abriga ainda os bairros onde Boulos e Tabata moram na cidade. Outro capital político de Marta é capacidade de circular em grupos de empresários e de centro-direita, nos quais Boulos tem mais dificuldade de acesso. 

A chegada dela à chapa reforça a estratégia do combate ao bolsonarismo. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem se aproximado do ex-presidente Jair Bolsonaro — um dos motivos que contribuíram para a saída de Marta da Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo em janeiro.

O que dizem petistas

Muitas dificuldades do outro lado, uma gestão medíocre, apesar de muito dinheiro e um candidato [Boulos] que vai apresentar um programa inovador, com muita energia, com capacidade de liderança que falta para o atual prefeito. A gente não menospreza as dificuldades, mas acreditamos que estamos com uma chapa muito forte e com condição de ganhar.
Antonio Donato, deputado estadual

Quem anda de ônibus diariamente, utiliza o Bilhete Único, frequenta os CEUs e testemunhou as obras na periferia em tempo real, sentiu na pele os impactos positivos da gestão de Marta Suplicy. Precisamos derrotar o bolsonarismo em São Paulo e construir uma cidade mais humana, igual e diversa.
Senival Moura, líder do PT na Câmara Municipal de São Paulo

Fonte: noticias.uol.com.br

› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)


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