Durante a semana, equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) irão realizar uma série de atividades alusivas a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose. A programação tem inicio nesta terça-feira (10) com uma blitz educativa na região central de Campo Grande.
A médica veterinária Juliana Resende, coordenadoria do órgão, destaca que objetivo é fomentar as informações sobre a doença, estimulando a importância das medidas de prevenção.
“ A leishmaniose visceral é uma zoonose endêmica e por isso é importante que as pessoas tenham consciência sobre a importância dos cuidados necessários para evitar a disseminação da doença. E vale lembrar que o cão não é o vilão, temos que acabar com o mosquito e proteger o nosso animal”, comenta.
Algumas medidas de prevenção podem ser tomadas para evitar a proliferação de focos da Leishmaniose, como: usar mosquiteiro com malha fina, telamento de portas e janelas; usar repelentes; fazer a limpeza urbana, eliminando resíduos sólidos orgânicos de terrenos e praças públicas, e fazer o destino adequado dos mesmos; limpar quintais e eliminar fontes de umidade.
A Semana Nacional de Combate e Controle à Leishmaniose foi instituída no ano de 2012 pela Lei Federal 12.604, celebrada anualmente na semana que inclui o dia 10 de agosto, data escolhida em homenagem ao médico sanitarista e cientista Evandro Lobo Chagas, que nasceu neste dia e realizou estudos sobre febre amarela, malária e, principalmente, sobre a leishmaniose.
As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por mais de 20 espécies de leishmania. Essa zoonose tem como agente etiológico, nas Américas, o protozoário do gênero leishmania, que é transmitida pela picada da fêmea de diferentes espécies de insetos vetores denominados flebotomíneos (mosquito palha). As suas manifestações variam de lesões ulceradas simples e autolimitadas na pele, até uma doença visceral com manifestações graves.
Leishmaniose Visceral
A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa que acomete os animais e o homem. Essa zoonose tem como agente etiológico, nas Américas, o protozoário do gênero Leishmania infantum chagasi. O principal reservatório do parasita em áreas urbanas no Brasil é o cão. O parasita é transmitido aos seres humanos e aos animais por meio do repasto sanguíneo de fêmeas infectadas do inseto denominado flebótomo (mosquito palha).
Entre os sintomas os mais comuns estão febre, emagrecimento, palidez e hepatoesplenomegalia. O período de incubação, no homem, é de 10 dias a 24 meses, com média entre 2 e 6 meses, e, no cão, varia de 3 meses a vários anos, com média de 3 a 7 meses.
Programação
Dia 10 – Blitz educativa quadrilátero da praça Ary Coelho – região central.
Dia 11 – Ação com Castramóvel na Aldeia Urbana Marçal de Souza – Memorial da Cultura Indigena Cacique Enir Terena.
Dias 12 e 13 – Ações educativas em escolas próximas ao CCZ.
Todas as atividades devem ser realizadas no período matutino.
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)