Com CoronaVac, Bolsonaro pode tirar de Doria protagonismo na vacinação
O Ministério da Saúde assinou um acordo com o Instituto Butantan de distribuição exclusiva da CoronaVac, vacina contra a covid-19 produzida em parceria com a chinesa Sinovac. Com isso, todos os 10,8 milhões de doses que estavam, desde dezembro, em posse do governo paulista serão repassados ao governo federal.
O contrato pode resultar na troca do rosto à frente da vacinação contra covid-19 no Brasil. Até então, o governador João Doria (PSDB-SP) havia tomado a iniciativa, com data marcada para o início à imunização (25 de janeiro, aniversário de São Paulo) e um plano estadual próprio. Agora, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), que já rejeitou o imunizante publicamente e minimiza a pandemia, pode assumir o protagonismo — e, quem sabe, colher os louros.