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Estudo estima que há 14 milhões de toneladas de plástico no fundo dos oceanos

Publicado em 12/10/2020 Editoria: Meio ambiente sem comentários Comente! Imprimir


 

Estudo estima que há 14 milhões de toneladas de plástico no fundo dos oceanos

Pesquisa australiana calcula, pela primeira vez, a quantidade de resíduos plásticos nos mares do mundo — e evidencia novamente a urgência de revermos nossos hábitos de consumo e descarte. A poluição pelos plásticos no oceano é muito maior do que se imagina.

Foi publicada na última terça-feira (6.10) uma pesquisa realizada pela agência científica australiana CSIRO’s Oceans and Atmosphere que indica, pela primeira vez, uma estimativa global da quantidade de plástico acumulado no fundo do oceano. O número assusta: pelo menos 14 milhões de toneladas do material estão submersas nas águas profundas.

De acordo com Justine Barrett, que liderou o estudo, o plástico jogado nos mares do planeta acaba se deteriorando e se transformando em microplásticos, fragmentos que medem menos de 5 milímetros. Esses pedaços minúsculos vão parar nas profundezas do mar — a quantidade chega a ser o dobro do que é encontrado na superfície.

“Mesmo as profundezas do oceano são suscetíveis ao problema da poluição do plástico”, diz Barret, em nota. Segundo a pesquisadora, o número deve aumentar ainda mais nos próximos anos — mesmo com ações de preservação do meio ambiente, como a redução da produção e do consumo sacolas plásticas ou de canudos.

O estudo

As amostras utilizadas no trabalho foram coletadas usando um submarino em profundidades de até 3 mil metros, em locais até 380 quilômetros distantes da costa da Austrália. Com base nos resultados das densidades de plástico encontradas, foi calculada uma estimativa de microplásticos no fundo do mar em todo o planeta.

Denise Hardesty, pesquisadora principal da investigação e coautora do estudo, diz que a poluição por plástico nos oceanos é uma questão ambiental reconhecida internacionalmente e os resultados indicam a necessidade urgente de novas soluções para combater o problema.

Segundo ela, o maior número de fragmentos encontrados no fundo do mar estava em áreas onde também havia uma maior quantidade de lixo flutuando. Embora muitas cidades já tenham ações para tentar diminuir a poluição, o uso de embalagens plásticas descartáveis &8203;&8203;aumentou em meio à pandemia do novo coronavírus.

“Todos nós podemos ajudar a reduzir o plástico que acaba em nossos oceanos, evitando aqueles que são utilizados apenas uma vez, apoiando a reciclagem e as indústrias de resíduos e descartando nosso lixo com cuidado para que não vá parar no meio ambiente”, finaliza Hardesty.

Foto: Brian Yurasits

› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)


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