O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (7) que quem mais sofre com o tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros é a população norte-americana e que o momento é de virar a página e abrir espaço para uma conversa franca e produtiva.
“A determinação dos dois presidentes [Lula e Trump] é de virar essa página equivocada, na minha opinião, que marcou os últimos dois meses de relação entre os países. Na minha opinião, uma coisa que não faz sentido [o tarifaço] e a conversa [por telefone entre os presidentes nesta segunda-feira] foi muito boa nessa direção: de abrir espaço para uma conversa franca e produtiva”, afirmou.
As declarações foram dadas durante o Bom Dia, Ministro. Na ocasião, Haddad defendeu que é possível ter uma agenda de “ganha-ganha”.
“Essa largada equivocada vai ser superada. Ela passa muito por uma desinformação sobre como funcionam as instituições brasileiras. Eu penso que as informações estão chegando com mais veracidade para o governo americano, então isso tudo vai assentar a poeira e abrir caminho para uma coisa que vale a pena”, garantiu.
Sobre os impactos do tarifaço, o ministro avaliou que “o povo dos Estados Unidos está sofrendo” com a medida. “Eles estão com o café da manhã mais caro, o café mais caro, a carne mais cara. Eles vão deixar de ter acesso a produtos brasileiros de alta qualidade no campo da indústria. E eles estão notando, de dois meses para cá, que as medidas mais prejudicaram do que favoreceram os Estados Unidos”, observou.
Questionado sobre a escolha do secretário de Estado Marco Rubio como principal negociador dos Estados Unidos, Haddad amenizou alguma dificuldade por Rubio ser da extrema-direita e uma fonte de interlocução de Eduardo Bolsonaro.
“A estratégia que foi decidida pelo presidente Lula vai render os melhores frutos para o Brasil independentemente de quem seja designado para negociar em nome do governo dos Estados Unidos. Penso que a diplomacia brasileira, com os argumentos que tem, vai saber superar esse momento [do tarifaço] que foi um equívoco muito grande, muito mais com base em desinformação do que na realidade dos fatos. Os fatos são muito favoráveis à parceria, em todos os aspectos, inclusive no que concerne às vantagens que os Estados Unidos têm em estabelecer relações comerciais com o Brasil”, avaliou.
Fonte: noticias.r7.com
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)