São Paulo, Brasil
Empresários especializados em negociar com o mundo árabe estão estranhando.
Não compreendem a situação de Dudu.
O jogador do Palmeiras foi emprestado para o Al Duhail, no ano passado.
O presidente Mauricio Galiotte o despachou para o Qatar atendendo um pedido pessoal do jogador, com problemas graves, na Justiça, com sua ex-mulher Mallu Ohana.
Dudu não queria as discussões públicas com Ohana.
E que foram parar até na polícia.
No ano passado, o Palmeiras abriu mão de seu principal atacante, mesmo estando envolvido na Libertadores e com chance, como aconteceu, de disputar o Mundial.
O acordo foi empréstimo de um ano, vencendo em junho. Por seis milhões de euros, R$ 40,5 milhões.
E com o preço fixado de 7 milhões de euros, cerca de R$ 47 milhões.
Se o Al Duhail não quisesse exercer o direito da compra, teria de dar ao Palmeiras, como multa, 2,5 milhões, R$ 16,8 milhões.
Dudu foi muito bem.
Marcou dez gols e deu 11 assistências na Liga Qatariana.
Seu clube acabou decepcionando, ficando em segundo.
Perdeu o título para o Al-Sadd.
Mas obteve a vaga para Copa dos Campeões da Ásia.
Tudo corria tranquilo.
Até que, para surpresa dos próprios dirigentes palmeirenses, Dudu não foi inscrito pelo clube na competição, que é a principal que o clube disputará em 2021.
Não está entre os que disputarão a Copa dos Campeões Asiáticos.
O motivo seria ainda a indefinição sobre a compra.
Empresários vividos, com os quais o blog falou, vão por outro caminho.
Ou o Al Duhail quer uma drástica redução no preço do atleta.
Ou simplesmente não ficará com o atleta.
Não inscrevê-lo é algo surpreendente, para quem deseja contratá-lo.
A opção de compra precisa ser efetivada em maio.
Dudu está vindo de folga para o Brasil.
Os dirigentes mais importantes do Palmeiras querem uma definição.
Porque o treinador Abel Ferreira sonha com um atleta exatamente com as qualidades de Dudu.
Um atacante pelo lado do campo.
Vivido, inteligente, ágil.
Com personalidade.
Aos 29 anos, Dudu, a princípio, estava disposto a assinar contrato por mais três anos no Qatar.
Depois voltar ao Palmeiras, clube que mais se identificou na carreira.
Mas a situação parece que pode mudar.
E ele retornar mais cedo do que imaginava.
Até porque, com as mudanças na Fifa, ele não pode se naturalizar e disputar a Copa de 2022 pelo Qatar. Só poderia no Mundial de 2026, quando estaria com 35 anos, o que seria muito improvável.
Ele tem contrato com o clube de Galiotte até 2023.
Há total indefinição.
E esperança em alguns membros da direção.
Que Dudu possa ser o grande reforço de 2021.
Sem o clube gastar um centavo...