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Com clima diplomático melhor, Brasil e EUA se reúnem para novas negociações sobre tarifaço

Publicado em 16/10/2025 Editoria: Mato Grosso Do Sul sem comentários Comente! Imprimir


Com clima diplomático melhor, Brasil e EUA se reúnem para novas negociações sobre tarifaço

Expectativa é de que a reunião transforme o impasse do tarifaço em acordo concreto, mas há assuntos espinhosos no caminho

Representantes dos dois presidentes dão início à tão esperada conversa sobre o tarifaço Montagem sobre fotos de Joyce N. Boghosian/Casa Branca e Ricardo Stuckert/PR 

Em um momento de melhora no clima diplomático entre Brasil e Estados Unidos, representantes dos dois países marcaram um encontro para esta quinta-feira (16) a fim de iniciar negociações acerca do tarifaço. 

Segundo especialistas, a aposta é que temas como exploração de terras raras, regulamentação das big techs e até mesmo a crise na Venezuela entrem na pauta. 

Após o breve encontro dos líderes durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, Donald Trump e Lula afirmaram ter dito uma “química excelente” ao se cumprimentarem antes do início do evento. 

A interação permitiu um alívio na relação entre os dois. Depois, no dia 6 de outubro, um telefonema entre eles pacificou ainda mais a relação.

Entenda em 6 pontos o tarifaço de Trump sobre o Brasil

Desde agosto, os produtos brasileiros enfrentam uma taxa de 50%, o que fez com que as exportações ao país norte-americano caíssem 18,5% no primeiro mês do tarifaço.

A tensão diplomática entre os dois países teve uma piora após Trump justificar a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos motivos para a aplicação de sanções no Brasil. Recentemente, Bolsonaro e outros sete aliados foram condenados por tentativa de golpe de Estado.

Na última semana, durante coletiva no Salão Oval da Casa Branca, o líder norte-americano disse considerar Lula um “bom homem”. 

Em aceno a Trump, o presidente brasileiro voltou a comentar sobre a interação que teve com o líder norte-americano. Segundo o petista, não teria rolado uma “química”, conforme dito por Trump, mas, sim, “pintado uma indústria petroquímica”.

 

Reunião

Na terça-feira (14), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, desembarcou em Washington, nos EUA, onde deve se encontrar com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, para discutir a política tarifária americana que afeta exportações brasileiras.

Com a reunião, o Itamaraty espera transformar o impasse em negociação concreta. A avaliação no governo é de que o encontro direto pode abrir caminho para um acordo que reduza as tarifas e restabeleça o equilíbrio na relação comercial entre os dois países.

Diante da boa interação entre os governantes, a expectativa do governo é positiva em relação à reunião. Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil vai oferecer os melhores argumentos econômicos para os norte-americanos.

Nos últimos 15 anos, os EUA tiveram superávit de 410 bilhões de dólares nas relações comerciais com o Brasil. Apesar do tarifaço determinado por Trump, a tarifa adicional de 40% aos produtos brasileiros teve efeito adverso e amargo no cotidiano dos americanos, que sofrem com o aumento de itens como café.

 

A dúvida

A preocupação que a delegação brasileira leva na bagagem é em relação às imposições que, possivelmente, o governo norte-americano pode fazer. 

Ontem, por exemplo, o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, afirmou que parte do tarifaço americano imposto a produtos brasileiros está relacionado a “preocupações extremas com o Estado de Direito, a censura e os direitos humanos” no Brasil.

“[No Brasil], um juiz brasileiro assumiu a responsabilidade de ordenar que empresas americanas se autocensurem, dando-lhes ordens secretas para gerenciar o fluxo de informações sobre o Estado de Direito em relação a oponentes políticos no Brasil”, declarou Greer.

Bolsonaristas acreditam que esse direcionamento pode gerar obstáculos às negociações. Assim como apontam a firmeza ideológica de Marco Rubio como empecilho para a retirada das tarifas.

Fonte: noticias.r7.com

› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)


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