24 Horas No Ar
Cotação
WhatsApp RSS

Hamas libera 20 reféns; presos palestinos chegam a Gaza no meio de multidão

Publicado em 13/10/2025 Editoria: Internacional sem comentários Comente! Imprimir


Hamas libera 20 reféns; presos palestinos chegam a Gaza no meio de multidão

 

Pouco mais de dois anos após o início da guerra, os 20 reféns israelenses foram libertados pelo Hamas. Como parte do acordo, Israel está libertando prisioneiros palestinos. Pela manhã de hoje, cerca de 88 foram enviados de ônibus à Gaza pela Cisjordânia e recebidos por multidão. Outros 154 prisioneiros serão deportados para o Egito.

O que aconteceu

Ao todo, 20 pessoas foram entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha — sete no primeiro grupo e 13 no segundo. Elas foram levadas para bases militares israelenses, onde passam por avaliação médica.

Israel divulgou a identidade dos reféns libertados: Elkana Bohbot, Matan Angrest, Avinatan Or, Yosef-Haim Ohana, Alon Ohel, Evyatar David, Guy Gilboa-Dalal, Rom Braslavski, Gali Berman, Ziv Berman, Eitan Mor, Segev Kalfon, Nimrod Cohen, Maxim Herkin, Eitan Horn, Matan Zangauker, Bar Kupershtein, David Cunio, Ariel Cunio e Omri Miran.

Além de 20 reféns vivos, Hamas também enviou a Israel reféns mortos após 738 dias de cativeiro. Segundo Israel, há 28 mortos.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino disse que chegaram 88 prisioneiros palestinos em Gaza. Um foi transferido diretamente para o Hospital Ramallah, na Cisjordânia e outros sete foram hospitalizados em outros locais de Kahn Younis.

Israel enviou mais 154 prisioneiros palestinos ao Egito. "Os 154 prisioneiros palestinos deportados para o exterior foram recebidos e transferidos para a República Árabe do Egito para concluir seus procedimentos de libertação como parte da implementação do acordo", afirmou porta-voz oficial da mídia israelense.

Cerca de 2 mil palestinos foram detidos por Israel desde o início da guerra.A troca faz parte do acordo firmado com o Hamas. 

Trump exalta Israel em discurso no Parlamento israelense

Donald Trump afirmou hoje em discurso no Knesset que o fim da guerra em Gaza significa o "fim de uma era de terror". O presidente dos Estados Unidos classificou o acordo como um "triunfo de Israel" e rasgou elogios a Benjamin Netanyahu. "Ele não é fácil, vou dizer. Ele não é o cara mais fácil de lidar, mas é isso que o faz maravilhoso", disse.

Continua após a publicidade

"Donald Trump é o maior amigo que o estado de Israel já teve na Casa Branca", afirmou Benjamin Netanyahu. Antes do discurso do americano, Netanyahu afirmou que o acordo proposto pelos EUA fez com que Israel "alcançasse todos os objetivos" e voltou a dizer que "Israel fez o que tinha que fazer" durante a guerra.

Prometi trazer todos os reféns de volta e hoje, com a ajuda indispensável do presidente Trump e do time dele e com os sacrifícios dos soldados de Israel, cumprimos esta promessa.Benjamin Netanyahu, em discurso no Knesset

Desarmamento do Hamas

Um ponto de impasse nessa fase inicial do acordo é o desarmamento do Hamas, que disse que o tema está "fora de discussão". O plano costurado pelos Estados Unidos prevê anistia a combatentes que entregarem seus arsenais. Contudo, para o Hamas isso só deve acontecer após a criação de um Estado palestino soberano com Jerusalém como capital.

A proposta de entregar as armas está fora de discussão e não é negociável.
Membro do Hamas para a AFP

O líder de Israel, Benjamin Netanyahu, sempre relatou que o objetivo era acabar com o Hamas. O impasse das armas deve seguir sendo um problema a ser discutido numa possível segunda parte do acordo. Questões referentes à reconstrução de Gaza também devem influenciar nas tratativas.

Continua após a publicidade

Milhares de mortes em dois anos

Desde a escalada do conflito, mais de 67 mil pessoas morreram em Gaza.Boa parte das vítimas eram mulheres e crianças e estima-se que mais de 170 mil ficaram feridos. Por outro lado, 1.600 israelenses perderam a vida.

A devastação em Gaza levou a destruição de 90% das moradias. Quase dois milhões de pessoas tiveram que ser deslocadas com avanço da fome e falta de ajuda humanitária após intensos bloqueios israelenses. Hospitais, escolas e outros prédios públicos também deixaram de existir.

com AFP e Reuters

Fonte: noticias.uol.com.br

 

› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)


sem comentários

Deixe o seu comentário