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Governo Bolsonaro: a crise política parece longe do fim e a covid-19 avança no Brasil (Adriano Machado/Reuters)

Publicado em 27/04/2020 Editoria: Brasil sem comentários Comente! Imprimir


 

Nas últimas semanas, Bolsonaro começou se aproximar do centrão, abrindo espaço inclusive para indicações para cargos no governo

 

Estratégia de Bolsonaro para buscar apoio no centrão divide opiniões no Congresso (Evaristo Sá/AFP)

O sucesso da estratégia do presidente Jair Bolsonaro de buscar apoio político junto aos partidos do chamado centrão — formado por siglas como PP, Republicanos, PSD e PTB — divide opiniões no Congresso. Enquanto líderes do bloco reforçam a defesa de Bolsonaro em meio à crise política, outras legendas veem com cautela a nova aliança.

Nas últimas semanas, Bolsonaro começou um processo de aproximação com o centrão, abrindo espaço inclusive para indicações para cargos no governo. A estratégia é vista como possível blindagem em um eventual processo de impeachment a partir das acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, ao deixar o governo.

Ontem, um dos novos aliados de Bolsonaro, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, publicou em suas redes sociais um áudio no qual faz defesa enfática do presidente.

“Se o pau cantar, essa base do Bolsonaro é muito mais forte que esse grupo de fora da lei que cerca o Lula e essa esquerdalha bagunceira no Brasil. Você tem aí os evangélicos, os pastores, você pega a rede social e são os homens que começam o discurso falando em Deus”, disse Jefferson.

As manifestações, no entanto, são vistas com reservas por parte das lideranças da Câmara. Um líder que preferiu não se identificar avalia que a relação entre Bolsonaro e o centrão é “algo que vai dar errado para os dois”. Na avaliação deste parlamentar, a estratégia foi tentada no passado pela ex-presidente Dilma Rousseff. Mesmo oferecendo cargos estratégicos ao bloco, a petista não conseguiu evitar o impeachment, destaca a fonte.

› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)


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