COMISSÃO APROVA PROJETO DE FÁBIO TRAD (PSD), QUE CRIA SESSÃO ACESSÍVEL PARA AUTISTAS NOS CINEMAS
Publicado em 11/11/2022
Editoria: Brasil
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COMISSÃO APROVA PROJETO DE FÁBIO TRAD (PSD), QUE CRIA SESSÃO ACESSÍVEL PARA AUTISTAS NOS CINEMAS
Texto, de autoria do deputado Fábio Trad, foi aprovado na CDEICS e segue para deliberação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara Federal
O PL 9972/18, de autoria do deputado Fábio Trad (PSD/MS), foi aprovado nesta quarta-feira (9) na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS), da Câmara Federal. Se aprovado também nas demais comissões da Casa, garantirá que todas as salas de cinema do País reservem ao menos um dia por mês com sessões adaptadas às pessoas diagnosticadas com o transtorno do espectro autista (TEA) e seus familiares.
Segundo médicos e demais especialistas, tal projeto é fundamental pois a dificuldade de concentração, a hiperatividade, hipersensibilidade à luz e ao som estão entre os comportamentos comuns que mais dificultam a integração dessas pessoas à sociedade.
De acordo com a proposta legislativa, nas sessões adaptadas não haveria mais publicidades nos filmes, nem as salas ficariam totalmente escuras e com volume de som elevado, entre outras especificidades que visam facilitar a permanência e a boa convivência das pessoas autistas e seus familiares nesses espaços.
“A aprovação desse projeto é importante não só para as pessoas com transtorno de espectro autista e seus familiares, mas para o Brasil. Precisamos trabalhar a inclusão e acessibilidade de todos”, disse o deputado Fábio Trad, que teve seu projeto aprovado com o apensado PL 133/2019, do relator e deputado Augusto Coutinho, do Republicanos/PE.
Co-autora da lei que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA (Lei 12.764), sancionada em 2012 (lei que inclusive leva o seu nome) Berenice Piana enviou uma mensagem de agradecimento ao deputado Fábio Trad após a aprovação do texto nas comissões da Câmara.
“As pessoas não sabem o que esse projeto significa para nós, mães de autistas como eu, com um filho autista que até os 25 anos não pôde ir ao cinema. E quando vai sofre muito por causa do barulho, da escuridão, ou de não poder se movimentar livremente dentro do cinema por não haver uma sessão adaptada para eles”, salientou Berenice, militante e patrona desta causa no País e idealizadora da primeira clínica-escola do autista do Brasil.
“Ter livre acesso ao cinema uma vez por mês, essa conquista vale mais do que um presente de Papai Noel para eles (autistas) no final do ano! O que o senhor tem feito pelos autistas, sabe Deus! E nós reconhecemos porque somos pais e mães de autistas e sabemos melhor do que ninguém dos preconceitos e dificuldades que sofremos para incluir nossos filhos na sociedade. Gerações e gerações vão passar e eles estarão amparados por essa lei. Parabéns por esse trabalho”, disse um pai de autista.
“Todos ganham com esse projeto, inclusive os cinemas que atrairão uma atrativa e substancial fatia de mercado, composta por mais de 2 milhões de pessoas, além dos seus familiares”, analisou Carolina Spínola, mãe de dois filhos autistas, ativista e militante na defesa dos direitos das pessoas com TEA.
Fonte: assessoria de comunicação
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)
