O Som da Concha deste domingo (6) foi pura alegria. Apesar do resto de friozinho que ainda estava rolando na Concha Acústica Helena Meirelles, o som de Caio Mendes e de Alex Cavalheri aqueceu o público que compareceu para conferir a boa música autoral de Mato Grosso do Sul.
Primeiro a subir ao palco, Caio Mendes agradeceu a presença de seus amigos e principalmente de sua família, que estava na arquibancada dando uma força para o músico. “A música é uma inspiração de infância através da minha vó, da minha família. Eu sempre consumi muito música, aprendi a tocar ouvindo, vendo meus avós. Não tinha a pretensão de viver de música, mas ela sempre bateu diferente em mim. Em 2017 que eu criei este olhar mais profissional, montei uma dupla sertaneja com um grande amigo meu. A dupla não foi para a frente, mas me fez despertar o interesse de continuar. Eu analisei com mais prudência e encontrei no pop o motivo predominante de voz, de composição, de me sentir mais à vontade. De 2019 para 2020 eu decidi apostar nesta trajetória, nesse gênero. Comecei a produzir minhas músicas e em abril de 2020 que eu soltei minha primeira música de trabalho, que é Madalena, e daí então é o que eu quero para a minha vida, o que me move, realmente, é o que me faz sentir bem”.
O músico não tem uma fórmula pronta para compor, suas músicas saem de sentimentos seus, espontaneamente, quando pega o violão. “Algumas canções são histórias de conhecidos, sentimentos meus mesmo, mas a maioria das canções são fantasias de coisas que acontecem, não estão na verdade relacionadas com experiências próprias, eu pego meu violão, deixo o som ecoar de acordo com o clima, de acordo com a emoção momentânea, e a letra vem”.
Para Caio Mendes, “é um momento muito especial tocar no Som da Concha”. ”Era um show que eu estava esperando o ano inteiro, um espaço cultural muito forte daqui. Estou muito feliz, ainda estou meio em choque, mas me sinto lisonjeado e muito contente, acho que é um marco, um divisor para a carreira, e vou continuar trabalhando com seriedade, humildade, e procurar outras oportunidades para levar meu trabalho, minha alegria e minha emoção para as pessoas”.
Logo depois, subiu ao palco o multi-instrumentista Alex Cavalheri. Músico experiente, veterano nos palcos e botecos de Campo Grande, Cavalheri falou que sua música tem influência, sobretudo, de músicos sul-mato-grossenses. “Pensando, depois dos anos passados, tudo que eu toco eu toco com influência de músicos daqui. Você tenta buscar referências de outros lugares, mas o que ficou na minha bagagem musical é de músicos daqui, como Toninho Porto, Sandro Moreno, Adriano Magu, Geraldo Roca, Geraldo Espíndola, Jerry Espíndola. É uma coisa que, pensando na minha carreira musical, eu toco toda a minha influência é de músicos daqui. Campo Grande é um lugar muito privilegiado para a gente ter opção de se influenciar com músicos daqui, compositores, com a música daqui de Campo Grande”.
Mais conhecido como instrumentista e compositor, Alex explica que fez poucas apresentações como vocalista também: “Eu fiz poucas apresentações, mas faz tempo que eu tenho esse trabalho autoral, mas já me apresentei com formatos diferentes, sozinho, em duo, só cantando sem uma banda, cada show eu mudo o formato e mudo também a versão das músicas. O meu objetivo, que eu gostaria muito de fazer, é cada vez juntar músicos no meu show”.
“Hoje aqui na Concha foi muito legal, gostei muito de fazer, e quero muito repetir. Vamos ver. A gente gravou, a gente vai divulgar o trabalho, o marketing digital é uma caixa preta para mim e vamos tentar entrar nesse mundo aí”, finaliza.
E no próximo domingo vai ter Som da Concha com Alex Silveira e Whisky de Segunda, a partir das 18 horas. Você não pode perder!!! A entrada, como sempre, é franca. A Concha Acústica Helena Meireles fica no Parque das Nações Indígenas.
Karina Lima - FCMS
Fotos: Ricardo Gomes
Fonte: www.ms.gov.com.br
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)