Alas majoritárias do PT apresentam nesta quinta-feira (24) ao comando partidário documento que avaliza alianças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com partidos de centro. Unidas, as três correntes que assinam o texto representam 65% do diretório nacional, instância máxima petista.
"Todas e todos que decidirem pelo enfrentamento a Bolsonaro como prioridade poli&769;tica dos pro&769;ximos meses tera&771;o no PT um aliado para aquela que sera&769; a eleic&807;a&771;o mais importante que ja&769; enfrentamos", afirma o documento.
Encabeçada pela CNB (Construindo Um Novo Brasil), tendência de Lula, que detém mais de 50% do partido, o documento afirma que as converge&770;ncias entre os partidos de esquerda, progressistas e democra&769;ticos devem resultar na constituic&807;a&771;o de uma federac&807;a&771;o partida&769;ria de que, ao menos, PT, PC do B e PV fac&807;am parte.
Segundo o documento, "a federac&807;a&771;o apresentara&769; ao Brasil o nome de Lula para liderar a oposic&807;a&771;o a Bolsonaro, consolidara&769; a coligac&807;a&771;o com o PSB, bem como com a federac&807;a&771;o PSOL-Rede".
"Ainda seguiremos dialogando com os outros partidos de oposic&807;a&771;o ao governo Bolsonaro no sentido da ampliac&807;a&771;o do campo de apoio a&768; candidatura de Lula", acrescenta.
Sob o título "Lula, a esperanc&807;a do povo brasileiro", o texto diz que para derrotar o bolsonarismo e&769; preciso dar uma resposta de unidade da sociedade brasileira.
Essa unidade, continua, tem seu conteu&769;do baseado no "enfrentamento ao o&769;dio, a&768;s desigualdades, a&768; poli&769;tica genocida e a&768; depredac&807;a&771;o ambiental de um governo que em tre&770;s anos so&769; promoveu destruic&807;a&771;o e retrocessos".
"O PT na&771;o medira&769; esforc&807;os para agrupar e expandir as alianc&807;as, que pavimentam este campo, sabendo compor em uma mesma ta&769;tica nacional a pluralidade de movimentos e candidaturas que porventura existam nos estados", conclui.
Sem citar o nome do ex-governador Geraldo Alckmin, que se filiou ao PSB nesta quarta-feira (23), o documento afirma que "a candidatura de Lula devera&769; trazer, ja&769; na composic&807;a&771;o da chapa de presidente e vice-presidente, a ampliac&807;a&771;o e a unidade que se espera das forc&807;as de oposic&807;a&771;o ao governo nesta quadra da histo&769;ria".
"Faremos, a partir de um nu&769;cleo democra&769;tico-popular, a incorporac&807;a&771;o de setores e segmentos que sera&771;o imprescindi&769;veis neste movimento poli&769;tico que estamos construindo. Quem outrora na&771;o esteve conosco e&769; mais do que bem-vindo a participar deste movimento que devolvera&769; a cadeira de presidente da Repu&769;blica ao povo", conclui.
O texto conclama "a unidade dos setores democra&769;ticos ao redor na&771;o apenas de uma candidatura a&768; Preside&770;ncia da Repu&769;blica, mas tambe&769;m de um movimento poli&769;tico e social que derrote Bolsonaro e enfrente o bolsonarismo".
Após listar críticas ao governo Bolsonaro —como na condução da política econômica e no combate à Covid-19—, o texto afirma que a ampliac&807;a&771;o deste movimento, "como a esquerda brasileira ja&769; soube fazer em outros momentos", deve vir acompanhada de um potente programa de transformac&807;o&771;es que responda emergencialmente a&768;s urge&770;ncias do povo.
"Oprimida pelo custo de vida, pelo vi&769;rus e pela viole&770;ncia, a maioria do povo brasileiro encontra esperanc&807;a no fim do governo Bolsonaro e na volta de Lula a&768; Preside&770;ncia da Repu&769;blica."
Além da CNB, as tendências Movimento PT e Resiste&770;ncia Socialista endossam o documento, que não cita a Venezuela ao enumerar vizinhos que souberam derrotar extrema direita e ao lado dos quais um governo petista contribuiria para a "reconstruc&807;a&771;o de um novo mundo, de paz, solidariedade, cooperac&807;a&771;o e justic&807;a social".
A possibilidade de ampliação de alianças e de composição com Alckmin é criticada, no entanto, do documento da Democracia Socialista, tendência que, nas eleições internas, liderou chapa que compõe a segunda maior força partidária.
Como movimento negativo, o texto cita "a disposic&807;a&771;o de Lula, ao que parece ja&769; com andamento bastante avanc&807;ado, de indicar Geraldo Alckmin, protagonista importante do neoliberalismo no pai&769;s, para vice- preside&770;ncia, colocando no centro uma alianc&807;a com forc&807;as neoliberais na&771;o bolsonaristas no pai&769;s e em Sa&771;o Paulo".
Além disso, a DS alerta para "a indicac&807;a&771;o de uma ampla abertura a&768;s alianc&807;as com forc&807;as conservadoras e de direita, como o PSD de Gilberto Kassab, que deve inclusive se expressar em composic&807;o&771;es em estados com grande eleitorado, em detrimento de um maior protagonismo das esquerdas".
Fonte: www.1.folha.uol.com.br
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)