Os casacos não voltarão ao armário em agosto. Apesar da elevação das temperaturas nesta primeira semana, os institutos de meteorologia preveem a chegada de novas frentes frias que vão derrubar novamente as temperaturas ao longo do mês.
A boa notícia é que a intensidade das novas ondas de frio será mais fraca em relação à última massa de ar polar que causou temperaturas negativas, formação de geada nas plantações e neve em muitas localidades da região Sul.
Segundo Mamedes Luiz Melo, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as novas frentes frias serão intercaladas e deverão atingir o país entre os dias 10 e 13 e, depois, a partir do dia 19.
“A região Sul e parte do Centro-Oeste e do Sudeste vão sentir mais frio com essas novas frentes frias”, diz o meteorologista. “Deve ocorrer geada, temperaturas próximas de 0ºC, mas nada parecido com o que foi a última massa de ar polar”.
De acordo com o Climatempo, agosto vai gerar a sensação de “que o frio não passa”, porque as temperaturas previstas para o mês, sobretudo nas regiões que serão mais afetadas pelas frentes frias, ficarão bem abaixo do normal para esta época do ano.
O Climatempo também sinaliza, como o Inmet, que não há previsão de uma nova friaca semelhante aos últimos dias de julho, “mas o frio será mais duradouro”.
Para o Climatempo, quem mora na região Sul, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, no sul de Minas Gerais, em Mato Grosso do Sul, no leste de Mato Grosso, em Rondônia, Acre e parte do Amazonas vai sentir mais frio neste mês.
Já para quem vive entre o norte mineiro e grande parte do Nordeste, a previsão é de muito sol, com temperaturas acima da média, segundo os órgãos de meteorologia.
Essa sensação de que o frio não passa já vem sendo observada pelos paulistanos ao longo desta semana. Na maior cidade do país, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) prevê madrugadas geladas em torno de 13ºC até sábado (7).
“A tendência é de uma sequência mais prolongada de dias de frio, que deve durar até o fim da primeira semana de agosto. Neste período, teremos as mínimas e as máximas mais baixas do ano, além de uma sensação de frio mais intensa provocada pela ação dos ventos”, disse Thomaz Garcia, meteorologista do CGE.
Além do frio, o mês será chuvoso em algumas regiões do país. Na região Norte, os maiores acumulados de chuva vão se concentrar no noroeste do Pará, do Amazonas e no leste de Roraima até o dia 9.
Entre os dias 10 e 18, o Inmet prevê chuvas mais significativas em áreas das regiões Norte, litoral do Nordeste e Sul. Na Região Centro-Oeste, destacam-se áreas ao sul de Mato Grosso do Sul.
No Sudeste, onde os reservatórios de água estão em estado de alerta, não há previsão de volumes significativos de chuva para o mês, ainda de acordo com o Inmet.
Uma frente fria deve atingir a região na segunda semana do mês. A maior parte da chuva vai se restringir ao interior do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. No início da segunda quinzena, uma massa de ar frio vai provocar queda acentuada de temperatura, com risco para geadas amplas entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o interior do Paraná. A expectativa é de que as menores temperaturas fiquem concentradas entre os dias 15 e 20.
Na segunda semana do mês, uma frente fria vai atingir a região e provocar queda de temperatura e chuva de intensidade fraca a moderada nas regiões mais litorâneas dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Entre os dias 17 e 19, outra frente fria deve chegar à região, fazendo a temperatura cair nos quatro estados. O frio será mais prolongado e a temperatura só voltará a subir na última semana do mês.
Duas frentes frias vão chegar à região na primeira quinzena de agosto, uma em cada semana, causando baixas temperaturas entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, incluindo as capitais dos dois estados. No início da segunda quinzena, uma frente fria mais intensa vai provocar geada e a ocorrência de chuvas em locais onde não é comum chover neste mês.
Com mais dias de sol e com pouca nebulosidade, a temperatura sobe em relação ao mês anterior, mas de forma suave. A temperatura deve ficar bastante estável e não são esperados eventos de frio ou calor extremos.
A chuva diminui de intensidade em relação ao mês anterior e a temperatura fica estável na maior parte da região. Entre Manaus e Belém, a chuva ainda deve persistir de forma frequente impedindo que a temperatura se eleve. Entre Rondônia, Acre e o sul do Amazonas, são esperados dois episódios de friagem ao longo do mês.
Fonte: Climatempo
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)