8.abr.2021 - Câmeras de segurança mostraram Jairinho, Monique e Henry em elevador poucas horas antes da morte Imagem: Reprodução/TV Globo
O relato da babá Thayná de Oliveira Ferreira, que voltou atrás na sua versão anterior ao confirmar ao menos três agressões sofridas pelo menino Henry, morto na madrugada de 8 de março, foi gravado em vídeo pela Polícia Civil contra uma possível mudança do relato.Fontes ligadas à investigação relataram ao UOL que o registro —que não é uma praxe policial— também tem o objetivo de mostrar que não havia pressão no depoimento, acompanhado pela advogada da babá. A advogada Priscila Guilherme Sena, que representa a babá, concorda com a medida. "Isso ajuda a preservar a investigação, para comprovar que não houve nenhum tipo de constrangimento à testemunha. E também faz parte de uma prática de modernização do inquérito", diz.Criminalistas ouvidos pela reportagem entendem que a prática ajudará a preservar a investigação e trará novos elementos ao inquérito —como a possibilidade de analisar o comportamento da testemunha. Jairinho e Monique foram presos no dia 8 de abril por suspeita de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas. Eles são investigados por envolvimento no assassinato.O criminalista Yuri Sahione diz que o registro em vídeo é um recurso já usado em casos de colaboração premiada na Operação Lava Jato e pode auxiliar em investigações sensíveis, como é o caso da apuração envolvendo o assassinato do menino Henry."O uso da tecnologia ajuda na compreensão do que é falado no depoimento. A vantagem do audiovisual é conseguir trazer aquele sentimento que o papel não passa na hora de transcrever [o que é relatado]. O vídeo traz um retrato mais fiel", avalia. "As palavras escritas pelo policial no depoimento nem sempre trazem o sentido que a testemunha quer dar. Por isso, há esse acréscimo de qualidade", complementa.O criminalista Ary Bergher diz que a gravação reflete o que entende ser uma desconfiança de interferência externa —o casal é suspeito de atrapalhar as investigações devido ao contato com as testemunhas."Gravar o depoimento foi uma forma de preservar a investigação contra qualquer alegação de parcialidade. A investigação fica ainda mais transparente com o depoimento em vídeo", argumenta. &39;O que você falou para a sua mãe?&39; De acordo com o depoimento, Henry disse à babá na tarde de 12 de fevereiro que tinha sido agredido com uma rasteira e chutes —o episódio foi relatado à mãe do menino, como mostram prints de WhatsApp de uma conversa entre as duas pelo celular.A criança, que ainda reclamou de dores no joelho e na cabeça, apareceu em um vídeo mancando após as supostas agressões. Leia aqui a íntegra da troca de mensagens.Horas depois, Jairinho chegou ao apartamento "visivelmente alterado" e questionou a criança, segundo o depoimento da babá.Henry, o que você falou para a sua mãe? Você gosta de ver a sua mãe triste com o tio? Você mentiu para a sua mãe?Pergunta de Jairinho a Henry, segundo a babáJairinho passou a questionar Thayná sobre a conversa ocorrida entre Henry e a mãe: "Ele ligou? O que vocês falaram?". Ela disse ter pedido apenas que o parlamentar se acalmasse.Ele então estendeu as mãos e chamou Henry. "Mas o menino não quis ir, se encolhendo no colo [da babá]", disse Thayná em depoimento registrado pela Polícia Civil.Em seguida, Henry confirmou ter revelado as agressões à mãe, ainda de acordo com o depoimento da cuidadora. Jairinho respondeu dizendo que ele não poderia mentir para a mãe e que isso o deixava "triste". Segundo a babá, o padrasto se afastou e ela deixou o imóvel para encontrar com a mãe de Henry.
O relato da babá Thayná de Oliveira Ferreira, que voltou atrás na sua versão anterior ao confirmar ao menos três agressões sofridas pelo menino Henry, morto na madrugada de 8 de março, foi gravado em vídeo pela Polícia Civil contra uma possível mudança do relato.
Fontes ligadas à investigação relataram ao UOL que o registro —que não é uma praxe policial— também tem o objetivo de mostrar que não havia pressão no depoimento, acompanhado pela advogada da babá.
A advogada Priscila Guilherme Sena, que representa a babá, concorda com a medida. "Isso ajuda a preservar a investigação, para comprovar que não houve nenhum tipo de constrangimento à testemunha. E também faz parte de uma prática de modernização do inquérito", diz.
Criminalistas ouvidos pela reportagem entendem que a prática ajudará a preservar a investigação e trará novos elementos ao inquérito —como a possibilidade de analisar o comportamento da testemunha. Jairinho e Monique foram presos no dia 8 de abril por suspeita de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas. Eles são investigados por envolvimento no assassinato.
O criminalista Yuri Sahione diz que o registro em vídeo é um recurso já usado em casos de colaboração premiada na Operação Lava Jato e pode auxiliar em investigações sensíveis, como é o caso da apuração envolvendo o assassinato do menino Henry.
"O uso da tecnologia ajuda na compreensão do que é falado no depoimento. A vantagem do audiovisual é conseguir trazer aquele sentimento que o papel não passa na hora de transcrever [o que é relatado]. O vídeo traz um retrato mais fiel", avalia. "As palavras escritas pelo policial no depoimento nem sempre trazem o sentido que a testemunha quer dar. Por isso, há esse acréscimo de qualidade", complementa.
O criminalista Ary Bergher diz que a gravação reflete o que entende ser uma desconfiança de interferência externa —o casal é suspeito de atrapalhar as investigações devido ao contato com as testemunhas.
"Gravar o depoimento foi uma forma de preservar a investigação contra qualquer alegação de parcialidade. A investigação fica ainda mais transparente com o depoimento em vídeo", argumenta.
De acordo com o depoimento, Henry disse à babá na tarde de 12 de fevereiro que tinha sido agredido com uma rasteira e chutes —o episódio foi relatado à mãe do menino, como mostram prints de WhatsApp de uma conversa entre as duas pelo celular.
A criança, que ainda reclamou de dores no joelho e na cabeça, apareceu em um vídeo mancando após as supostas agressões. Leia aqui a íntegra da troca de mensagens.
Horas depois, Jairinho chegou ao apartamento "visivelmente alterado" e questionou a criança, segundo o depoimento da babá.
Henry, o que você falou para a sua mãe? Você gosta de ver a sua mãe triste com o tio? Você mentiu para a sua mãe?
Pergunta de Jairinho a Henry, segundo a babá
Jairinho passou a questionar Thayná sobre a conversa ocorrida entre Henry e a mãe: "Ele ligou? O que vocês falaram?". Ela disse ter pedido apenas que o parlamentar se acalmasse.
Ele então estendeu as mãos e chamou Henry. "Mas o menino não quis ir, se encolhendo no colo [da babá]", disse Thayná em depoimento registrado pela Polícia Civil.
Em seguida, Henry confirmou ter revelado as agressões à mãe, ainda de acordo com o depoimento da cuidadora. Jairinho respondeu dizendo que ele não poderia mentir para a mãe e que isso o deixava "triste". Segundo a babá, o padrasto se afastou e ela deixou o imóvel para encontrar com a mãe de Henry.
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)
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