Prefeitura firmou contrato de locação de leitos com hospital privados e filantrópicos, como Hospital do Câncer (Foto/Arquivo: Paulo Francis)
Hospital Adventista do Pênfigo e prefeitura de Campo Grande firmaram contrato de utilização de 15 leitos clínicos adultos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na estratégia de combate ao novo coronavírus. Agora, a cidade soma 111 leitos clínicos e 62 de UTIs em instituições privadas destinados a pacientes da covid-19 ou para transferência de doentes de outras patologias para desafogar Hospital Regional e Santa Casa.
A formalização do contrato deve ser feita amanhã (20), na prefeitura.
A dispensa de licitação foi ratificada em publicação extra do Diogrande, ontem (18). Nele consta a autorização da contratação de leitos do Hospital Adventista, com valor unitário de R$ 650 pela diária de leito clínico e R$ 2.750,00 de leito de UTI.
Segundo assessoria da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o hospital respondeu ao chamamento público da prefeitura para contratação de leitos e, na negociação, ficou acertado que 15 leitos ficarão disponíveis para o Município, a serem utilizados na estratégia de combate ao novo coronavírus.
São 10 leitos clínicos e 5 de UTIs, em contrato que deve chegar a R$ 911.250,00, por conta da soma das diárias a valores suplementares previstos na negociação. O contrato é de 30 dias, sendo passível de prorrogação e prevê uso de equipamentos, medicamentos e da equipe plantonista ou intensivista.
A assessoria informou que o objeto inicial era utilizar os leitos contratados para pacientes de covid-19, mas a estratégia adotada é, quando necessário, transferir pacientes de outras enfermidades para o Hospital do Pênfigo, liberando vagas na Santa Casa e Hospital Regional para os infectados pelo novo coronavírus.
Em live neste domingo (19), o secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, agradeceu apoio de secretarias do interior, que haviam recebido equipamentos em fevereiro e, agora, devolveram os que não estavam sendo usados, como ventiladores mecânicos e monitores. "Quero agradecer, porque conseguimos essa ajuda que é fundamental para ativar leitos de UTIs na Capital”. O secretário diz que alguns chegaram hoje e outros serão enviados amanhã.
Em março, a prefeitura já havia aberto outro chamamento público finalizado com a contratação de leitos clínicos e de UTIs de outras três instituições: Proncor, Clínica Campo Grande e El Kadri.
Neste caso, os três hospitais podem receber pacientes de covid-19, mas a estratégia adotada é sempre priorizar as vagas do Hospital Regional e Santa Casa para os infectados e transferindo para os demais pacientes para unidades particulares.
No total, os quatro contratos somam 91 leitos clínicos e 42 de UTIs, no valor de R$ 7,8 milhões. Há ainda mais 40 leitos clínicos e de emergência no Hospital do Câncer, mas por ser instituição filantrópica, o valor pago pela diária é o da habilitação com o Ministério da Saúde, sendo menor. A diária de leito de UTI, por exemplo, sai a R$ 1,6 mil, acrescido das complementações.
De acordo com dados da Sesau, até ontem, a taxa de ocupação de leitos públicos e privados em Campo Grande chegava a 83%, somando-se os pacientes de covid-19 aos de outras patologias.
Fonte: Campo Grande News
› FONTE: 24 Horas No Ar (24horasnoar.com.br)